A constatação da FENINFRA a respeito da falta de garantia técnica em metade da fibra instalada no país, está com os dias contados.
Foi publicada a norma nacional de testes em cabeamento ótico, a NBR 16869-2 – Cabeamento estruturado – Parte 2: Ensaio do cabeamento ótico.
As normas nacionais até então existentes somente especificavam técnicas de ensaio para componentes, apenas o cabo, fibra, emenda ou conexões. Não havia uma norma que estabelecia as bases para o teste de enlaces óticos inteiros, instalados, já contendo os componentes estruturados, como cabos, emendas, conectores e patch cords.
A norma descreve equipamentos, ferramentas e procedimentos que devem ser utilizados na execução de testes em enlaces instalados de fibra óptica monomodo e multimodo. São eles: kits de limpeza de faces de conectores, microscópio para inspeção da face de conectores, LSPM, OTDR e respectivos acessórios.
Assim, define-se a qualidade do material utilizado no projeto e as técnicas executadas em sua instalação, atendendo às melhores especificações de qualidade, com desempenho suficiente para permitir todo o tráfego de dados esperado ao longo da vida útil do enlace ótico. E para garantir a qualidade técnica das instalações, procede-se a um teste de todo o enlace ótico utilizando as ferramentas, equipamentos e procedimentos corretos.
Inspeção e limpeza:
A norma descreve ferramentas e procedimentos a serem adotados para inspecionar e limpar a face de conectores óticos. Os conectores estão presentes nas terminações dos cabos e em patch cords óticos, mas também estão presentes nas portas dos equipamentos de rede e dos próprios equipamentos de teste, além de fazerem parte dos cordões e fibras de lançamento que estarão inclusos nos procedimentos de ensaio.
A norma também destaca a importância de se inspecionar e, se for o caso, limpar as interfaces das fibras ópticas que farão parte dos testes, antes que qualquer processo de medição e de referência seja executado.
Para realizar a certificação de um enlace ótico instalado, a norma define os seguintes tipos de inspeção sobre o cabeamento instalado:
- Continuidade da fibra óptica;
- Polaridade da instalação óptica;
- Comprimento do cabo ótico;
- Limpeza das faces dos conectores;
- Dimensão do núcleo da fibra óptica.
Teste de enlace ótico:
Alguns equipamentos para a medição do enlace ótico.
LSPM, nada mais é do que o popularmente conhecido “power meter”. A sigla significa “Light Source and Power Meter”, a combinação entre a “fonte de luz” (necessária para acoplar luz na fibra a ser testada) e o “power meter”. Equipamentos LSPM permitem medir a atenuação (perda) do enlace ótico completo.
OTDR, “Optical Time Domain Reflectometer”, é um equipamento que consegue medir parâmetros como atenuação, perda de retorno, atraso de propagação e comprimento da fibra. Ele pode realizar testes tanto do enlace completo quanto de seus componentes individuais, como trechos de fibra, emendas, conexões e dobras na fibra. Portanto, além de ser utilizado para testes de aceitação do enlace, ele também é bastante útil no diagnóstico em instalações com falhas.
Além dos equipamentos e procedimentos mencionados, a norma também dá recomendações com relação a calibração dos instrumentos, documentação dos testes realizados nos enlaces, fibra de lançamento e cálculo do balanço de perda.
Por isto, “Na Conectividade nós confiamos!”